quinta-feira, 22 de março de 2012

CATÓLICOS ANTIABORTO VOLTAM A DISTRIBUIR PANFLETOS CONTRA PT EM SÃO PAULO.


Manifestantes católicos contrários ao aborto iniciaram nesta quarta-feira (21) a redistribuição de um panfleto elaborado nas eleições de 2010 recomendando que os brasileiros "deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários ao aborto". O folheto também faz críticas ao PT e à então candidata Dilma Rousseff.
Os cerca de 1 milhão de panfletos haviam sido apreendidos pela Polícia Federal às vésperas do 2º turno das eleições de 2010, mas foram liberados pela Justiça no ano passado. Os papéis são de autoria da Regional Sul 1 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), responsável pelo Estado de São Paulo.
O bispo emérito de Guarulhos, dom Luiz Bergonzini, que liderou a manifestação, disse que a recomendação de não votar em candidatos pró-aborto vale também para as eleições municipais deste ano. Ele não quis, no entanto, citar pré-candidatos específicos.
O religioso focou suas críticas na presidente Dilma. Em nota divulgada no evento, ele afirma: "Nos atribuíram a 'mentira' de Dilma Vana Rousseff e o PT serem a favor da liberação do aborto. Provamos que o PT e Dilma Rousseff eram e continuam sendo a favor da liberação do aborto".
A manifestação, que começou em frente à catedral da Sé e foi até o Fórum João Mendes, reuniu cerca de 100 pessoas. Havia integrantes da CNBB de São Paulo, da diocese de Guarulhos e do Instituto Plínio Corrêa de Oliveira, sucessor da entidade de extrema-direita TFP (Tradição, Família e Propriedade).
Um dos cartazes empunhados afirmava "Fora Assassina Ministra Eleonora Menicucci", chefe da Secretaria de Políticas para Mulheres, que se posicionou a favor da descriminalização do aborto. Um desenho mostrava um bebê morto por uma estrela vermelha, símbolo do PT, e por uma foice e um martelo, símbolos do comunismo.
Um tumulto ocorreu quando um grupo chegou à manifestação com cartazes favoráveis ao direito ao aborto. Eles foram vaiados e cercados pelos católicos, sob gritos de "viva a vida" e "petistas, abortistas não passarão". Os religiosos tentaram tapar os cartazes pró-aborto, mas não agrediram os manifestantes.

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