Janot pede a restituição do
produto e proveito dos crimes no valor de US$ 40 milhões e a reparação dos
danos causados à Petrobras e à Administração Pública também no valor de US$ 40
milhões.
O principal indício do
suposto envolvimento de Cunha no esquema da Lava Jato é o depoimento do lobista
Júlio Camargo à Justiça Federal do Paraná. Camargo é um dos principais
delatores da Lava Jato.
A PGR (Procuradoria Geral da
República) denunciou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha ao STF (Supremo
Tribunal Federal) nesta quinta-feira (20). Cunha foi denunciado pelos crimes de
lavagem de dinheiro e corrupção supostamente praticados dentro do esquema da
Lava Jato. A denúncia ainda precisa ser aceita pelo STF para que o parlamentar
seja considerado réu no processo.
O procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, pede a condenação de Cunha pelos crimes de corrupção
passiva e lavagem de dinheiro e da ex-deputada federal Solange Almeida, atual
prefeita de Rio Bonito (RJ), por ter participado de pressão pelo pagamento de
valores retidos, incorrendo em corrupção passiva.
A operação Lava Jato,
deflagrada em março de 2014, investiga um esquema de desvio de recursos da
Petrobras estimado em pelo menos R$ 10 bilhões. Segundo as investigações,
contratos da Petrobras com empreiteiras eram superfaturados e parte do dinheiro
arrecadado por meio do superfaturamento era depois direcionado a políticos e
partidos. Entre os partidos investigados estão o PT, PMDB e o PP.
O lobista disse ter pago US$
5 milhões em propina a Eduardo Cunha por meio do também lobista Fernando
Soares, conhecido como Fernando Baiano e apontado como o principal operador do
esquema junto ao PMDB. Cunha negou a alegação feita por Camargo.
Na última segunda-feira
(17), o juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato na
primeira instância, condenou Fernando Soares a 16 anos de cadeia em um processo
relacionado à compra de navios-sonda pela Petrobras.
Na quarta-feira (19), Cunha
disse que não iria pedir afastamento do cargo de presidente da Câmara caso
fosse denunciado pela PGR. Ainda na última quarta, um grupo de deputados do PT,
PSB, PPS e PSOL preparou um manifesto pedindo o afastamento de Cunha do cargo.
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