BRASÍLIA – A Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu nesta terça-feira (10) a distribuição,
a divulgação, o comércio e o uso do suplemento alimentar Oxielite Pro. A medida
é válida em todo País. De acordo com o órgão, o produto, fabricado por empresa
desconhecida, possui a substância dimethylamylamine (DMAA) na composição, um
estimulante que ajuda a emagrecer e aumenta o rendimento atlético.
Na última terça-feira (03/07), o
DMAA foi incluído na lista de substâncias proscritas no Brasil, o que impede a
importação de suplementos alimentares que contenham a substância, mesmo que por
pessoa física e para consumo pessoal. Além do Oxielite Pro, o DMAA é encontrado
na composição de suplementos alimentares como Jack3D e Lipo6 Black.
Por meio de nota, a Anvisa
alertou que o consumo de suplementos alimentares pode causar graves danos à
saúde. Muitos deles são comercializados irregularmente no país, sem terem
passado por nenhum tipo de avaliação de segurança.
Alguns desses produtos contêm
ingredientes que não são seguros para o uso em alimentos, como estimulantes e
hormônios, segundo a agência reguladora. Os suplementos alimentares também
podem conter substâncias com propriedades terapêuticas, que não podem ser
consumidas sem acompanhamento médico.
“Os agravos à saúde humana podem
englobar efeitos tóxicos, em especial no fígado, disfunções metabólicas, danos
cardiovasculares, alterações do sistema nervoso e, em alguns casos, levar até a
morte”, alertou o órgão.
O comunicado destaca ainda que o
forte apelo publicitário e a expectativa de resultados rápidos contribuem para
o uso indiscriminado dos suplementos alimentares por pessoas que desconhecem os
riscos envolvidos no consumo.
No Brasil, alimentos apresentados
em formatos farmacêuticos, como cápsulas e tabletes, só podem ser vendidos
depois de avaliados e com registro na Anvisa.
» Confira as orientações da
Anvisa para evitar o uso de suplementos alimentares não autorizados no País:
- Promessas milagrosas e de ação
rápida, como “Perca 5 kg em 1 semana!”;
- Indicações de propriedades ou
benefícios cosméticos, como redução de rugas, de celulite e melhora da pele;
- Indicações terapêuticas ou
medicamentosas, como cura de doenças, tratamento de diabetes, artrites e
emagrecimento;
- Uso de imagens e/ou expressões
que façam referência a hormônios e outras substâncias farmacológicas;
- Produtos rotulados
exclusivamente em língua estrangeira;
- Uso de fotos de pessoas
hipermusculosas ou que façam alusão à perda de peso;
- Uso de panfletos e folders para
divulgar as alegações do produto como estratégia para burlar a fiscalização;
- Produtos comercializados em
sites sem identificação da empresa fabricante, distribuidora, endereço, CNPJ ou
serviço de atendimento ao consumidor.
» As recomendações da Anvisa para
quem usa ou pretende consumir suplementos alimentares:
- Solicite auxílio de um
nutricionista ou médico para a identificação de produtos seguros e
regularizados;
- Desconfie se o produto for “bom
demais para ser verdade”.Ter um corpo definido e emagrecer nem sempre é rápido
ou fácil, principalmente de forma saudável;
- Consumidores que adquiriram
produtos que contém DMAA (dimethylamylamine) na composição devem buscar
orientação com a autoridade sanitária local sobre a destinação adequada dos
suplementos;
- Mais informações podem ser
obtidas na central de atendimento da Anvisa pelo telefone 0800 642 9782.
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