Levantamento feito pelo Centro de Referência da Saúde do
Homem, órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, mostra que 60% (1,5
mil) do total de pacientes que chegam ao centro por mês já estão com doenças em
estado considerado avançado e necessitam de intervenção cirúrgica para
tratá-las. O quadro é reflexo da baixa procura por consultas regulares e exames
preventivos por parte dos homens.
“Os homens devem ir ao médico, a partir dos 40 anos, no
mínimo uma vez ao ano. Eles devem fazer um check-up, uma avaliação de rotina
urológica completa, em particular da próstata, que é o que mais preocupa os
homens”, disse Joaquim Claro, urologista e médico coordenador do Centro de Referência
da Saúde do Homem.
O levantamento mostra que a maioria dos pacientes
desconheciam suas condições de saúde e ignoraram sintomas iniciais das doenças
mais comuns, adiando a busca por ajuda especializada. “Se tiver tudo em ordem o
urologista vai orientar para o homem voltar em um ano. Se tiver problema, vai
ser diagnosticado, tratado e, na imensa maioria das vezes, é um diagnóstico
precoce, em que a cura supera 90% dos casos”, disse Claro.
O médico diz que as doenças mais comuns que podem ocorrer
com o sexo masculino após os 40 anos são câncer de próstata, que atinge cerca
de 16% dos homens, e também problemas relacionados à bexiga e ao rim, onde
podem ocorrer câncer. O crescimento benigno da próstata, que atinge 100% dos
homens, alterações hormonais e cálculos renais também devem ser acompanhados.
“Com o passar dos anos, com o envelhecimento, os problemas
começam a ser, se não mais frequentes, pelo menos mais preocupantes. A partir
dos 40, principalmente, é necessário acompanhar também se o paciente é
diabético, hipertenso, obeso, se tem colesterol alto ou se a parte da função
erétil está normal”.
De acordo com a Secretaria de Saúde, o diagnóstico precoce
permite tratamentos menos agressivos e com maiores chances de cura. A
recuperação do paciente é mais rápida e os gastos com o procedimento e a
hospitalização, menores.
PRECONCEITO - De acordo com o médico o preconceito dos
homens em relação aos exames preventivos ao câncer de próstata está diminuindo.
O medo em relação ao câncer, segundo ele, também está levando mais pacientes ao
médico.
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