Em sua participação no Encontro Mundial da Família 2012, o papa Bento XVI afirmou que a “fé deve animar todo o tecido da vida” e deve ser redescoberta “como o patrimônio principal da humanidade”.
O Pontífice, que fez seu discurso na Praça da Catedral, em Milão, para milhares de pessoas que o aplaudiram diversas vezes, declarou que a “fé deve animar todo o tecido da vida, pessoal e comunitária, privada e pública, de modo a permitir um estável e autêntico ‘bem-estar’, a partir da família”.
O Papa ainda afirmou que a fé deve ser redescoberta “como o patrimônio principal da humanidade” e “sinal de uma verdadeira e estável cultura a favor do homem”.
Bento XVI aproveitou a ocasião para lembrar as vítimas dos terremotos que atingiram à região de Emilia Romana, no norte do país. Ele disse que é preciso “uma generosa solidariedade” ao povo afetado pelos tremores “que estão em nossos corações e em nossas orações”.
Joseph Ratzinger também direcionou um “pensamento afetuoso àqueles que precisam de ajuda e conforto e estão aflitos diante de várias preocupações, às pessoas que estão sós ou em dificuldades, aos desempregados, aos doentes, aos presos, àqueles que estão sem um lar ou sem o indispensável para uma vida digna”.
O Papa também agradeceu a receptividade em Milão e disse que a cidade “tem vocação de ser uma local de cruzamento entre povos e culturas”. Um local que, segundo ele, “soube conjugar inteligentemente o orgulho pela própria identidade com a capacidade de acolher toda a contribuição positiva que, no curso da história, foi oferecida”.
No final do dia, o Pontífice assistiu a um concerto em sua homenagem, que reuniu membros do clero e participantes do Encontro Mundial das Famílias. No local, ele afirmou que o “Scala é o templo da ópera, ponto de referência musical e cultural não só para Milão e para a Itália, mas para todo mudo”.
“Scala está ligado a Milão de uma forma profunda, é uma de suas maiores glórias e recordo aqui de maio de 1946 quando a reconstrução do teatro foi um símbolo de esperança para o recomeço da vida em toda a cidade depois da destruição causada pela guerra”, completou Bento XVI.
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