A presidenta Dilma Rousseff
anunciou nesta sexta (2/10) a reforma ministerial e administrativa proposta pelo
governo.
Sete ministros já faziam
parte do primeiro escalão e foram apenas remanejados. Celso Pansera, Marcelo Castro
e André Figueiredo são os três nomes novos.
Houve a redução de 39 para
31 ministérios, com a fusão de algumas pastas e extinção de outras. Confira
todas as mudanças abaixo.
Composição por partidos
O PT, partido da presidente
Dilma, ficará com o comando de nove pastas. Já o PMDB, principal legenda da
base aliada, ampliou espaço, saindo de seis para sete pastas.
PTB, PSD, PP, PRB, PR, PCdoB
e PDT terão o comando de uma pasta cada.
Outros oito ministérios
serão chefiados por ministros sem partido, de perfil técnico.
Veja abaixo a lista com os
novos nomes e suas respectivas pastas:
Ricardo Berzoini -
Secretaria de Governo
Bancário, iniciou sua militância
no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, em 1985. Foi fundador
e primeiro presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro (Contraf).
Eleito deputado federal pelo
PT quatro vezes (1998, 2002, 2006 e 2010), no final de 2005, foi eleito
presidente nacional do partido. Em 2007, foi reeleito presidente nacional do
PT. No governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi ministro da
Previdência Social (2003-2004), quando comandou a reforma da Previdência. Depois
assumiu a pasta do Trabalho e Emprego (2004-2005).
Na gestão da presidenta
Dilma Rousseff foi ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da
Presidência da República (2014). Berzoini tomou posse como ministro das
Comunicações no início de 2015.
Miguel Rossetto - Ministério
do Trabalho e Previdência Social
É formado em Ciências
Sociais pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Foi
vice-governador do Rio Grande do Sul, na gestão Olívio Dutra, e deputado
federal pelo PT em 1994.
Em 2003, foi nomeado para o
cargo de ministro do Desenvolvimento Agrário. Em 2006, Rossetto deixou o
governo para tentar uma vaga no Senado, mas não foi eleito. Dois anos depois,
assumiu a presidência da Petrobras Biocombustível, subsidiária da Petrobras.
Em março de 2014, foi
nomeado novamente ministro do Desenvolvimento Agrário e deixou o cargo em
setembro do mesmo ano para trabalhar na coordenação da campanha para a
reeleição de Dilma. No segundo governo da presidenta Dilma Rousseff, assumiu a
Secretaria-Geral da Presidência da República.
Nilma Lino Gomes -
Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos
Natural de Belo Horizonte, é
pedagoga, professora Universidade Federal de Minas Gerais e pesquisadora das
áreas de educação e diversidade étnico-racial, com ênfase especial na atuação
do movimento negro brasileiro.
Foi a primeira mulher negra
a chefiar uma universidade federal ao assumir, em 2013, o cargo de reitora pro
tempore da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
Afro-Brasileira. Também integrou, de 2010 a 2014, a Câmara de Educação Básica
do Conselho Nacional de Educação e participou da comissão técnica nacional de
diversidade para assuntos relacionados à educação dos afro-brasileiros. Estava
no comando da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da
Presidência da República (Seppir).
Marcelo Castro - Ministério
da Saúde
É formado em medicina pela
Universidade Federal do Piauí e doutor em psiquiatria. Filiado ao PMDB,
construiu carreira política no Piauí e está no quinto mandato de deputado
federal. É o atual presidente da executiva estadual do PMDB.
Foi eleito deputado estadual
em 1982, 1986 e 1990. Ocupou a presidência do Instituto de Assistência e
Previdência do Estado do Piauí e foi secretário de Agricultura do estado.
Neste ano, foi relator da
Comissão Especial para a Reforma Política, na Câmara dos Deputados, que ouviu
parlamentares e especialistas para elaborar um relatório com a proposta de
reforma política.
Aloizio Mercadante -
Ministério da Educação
Deixa a Casa Civil. Graduado
em Economia pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em Ciência Econômica e
doutor em Teoria Econômica, é professor licenciado da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC-SP) e da Unicamp.
Filiado ao PT, foi eleito
deputado federal em dois mandatos (1991-1995 e 1999-2003) e senador da
República (2003-2011). Em 2006, foi candidato ao governo de São Paulo. Ocupou o
cargo de ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação entre 2011 e 2012 e da
Educação entre 2012 e 2014. Deixou o Ministério da Educação para assumir a Casa
Civil.
Jaques Wagner - Casa Civil
Iniciou sua militância na
capital carioca no final dos anos 60, quando presidiu o diretório acadêmico da
faculdade de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro (PUC-Rio).
Vive em Salvador desde 1974,
onde iniciou sua carreira profissional na indústria petroquímica. Foi deputado
federal pelo estado por três vezes (1990-2002) e governador da Bahia por dois
mandatos consecutivos (2007-2014).
Durante o governo do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi Ministro do Trabalho e Emprego
(2003), da Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e
Social da Presidência da República (2004 -2005) e do Ministério das Relações
Institucionais (2005-2006).
Aldo Rebelo - Ministério da
Defesa
Escritor e jornalista, foi
eleito seis vezes deputado federal por São Paulo pelo PCdoB. Foi presidente da
Câmara dos Deputados e líder do governo e do PCdoB na Câmara. Em 2009, foi
relator da Comissão Especial do Código Florestal Brasileiro e da Lei de
Biossegurança.
Aldo Rebelo foi nomeado
ministro do Esporte em outubro de 2011. Permaneceu no cargo até dezembro de
2014. Coordenou a Copa das Confederações de 2013, a Copa do Mundo de 2014 e os
preparativos para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.
Em dezembro de 2014, Rebelo
foi indicado pela presidenta da República Dilma Rousseff para ocupar o
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Celso Pansera - Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovação
É graduado em Literatura
pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e pós-graduado em
Supervisão Escolar. Em 1992, fundou a Frente Revolucionária, embrião do futuro
PSTU. Em 2001, filiou-se ao PSB e passou a fazer parte da Executiva Municipal
do partido em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Em 2007, assumiu uma
diretoria na Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) e, no início de 2009,
tornou-se presidente da Faetec, onde ficou até 2014.
Ele cumpre o primeiro
mandato como deputado federal (PMDB-RJ) e preside a Comissão Especial de Crise
Hídrica do Brasil, é membro titular da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
da Petrobras e da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática,
além de ser suplente na Comissão de Educação.
Helder Barbalho - Secretaria
dos Portos
É filho do senador Jader
Barbalho (PMDB-PA), um dos líderes do partido, e da deputada federal Elcione
Therezinha Zahluth. Já foi vereador, deputado estadual e prefeito de Ananindeua
(PA). Desde janeiro deste ano, ele ocupa o cargo de ministro da Secretaria de
Pesca e Aquicultura.
Natural de Belém, Helder
tentou se eleger governador do Pará pela primeira vez em 2014, mas perdeu para
Simão Jatene (PSDB).
Formado em administração,
começou a carreira política há 15 anos, quando foi eleito o vereador mais
votado de Ananindeua (PA) com 4,2 mil votos. Em 2002, elegeu-se deputado
estadual. Aos 25 anos, foi eleito o prefeito mais jovem da história do Pará. Em
2008, foi reeleito prefeito de Ananindeua. Helder é casado com a advogada
Daniela Lima Barbalho e tem três filhos. É o presidente em exercício do PMDB no
Pará.
André Figueiredo -
Ministério das Comunicações
É deputado federal pelo PDT
do Ceará, eleito em 2014, mas já exerceu o cargo de 2003 a 2007 e de 2011 a
2015.
Natural de Fortaleza, é
advogado e economista. Filiou-se ao PDT em 1984 e entrou na vida pública em
1994 como subsecretário da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Ceará.
Também foi secretário do Esporte e Juventude do estado de 2003 a 2004. No
Ministério do Trabalho e Emprego, foi assessor especial em 2007 e secretário
executivo de 2007 a 2010.
Fonte: Agencia Brasil.
Fonte: Agencia Brasil.
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