Levanta a mão aí quem já
filou em provas na escola. Ok podem baixar. Agora, levanta a mão quem já
plagiou algum texto e entregou ao professor dizendo que era seu. Ok podem
baixar. Para encerrar, levanta a mão quem já pediu para os colegas incluírem
seu nome em um trabalho sem ter participado de nenhuma atividade dele. Ok podem
baixar.
Se em vez de leitores vocês
fossem alunos em uma sala de aula, não há dúvidas que a maioria teria erguido
as mãos todas às vezes. Não me arrisco a dizer que efeito essa prática, que
como alunos consideramos normal no ambiente escolar, tem sobre nós, quando nos
tornamos profissionais. É claro que uma coisa é cometer uma dessas infrações na
escola e outra é receber propina ou desviar milhões de empresas ou órgãos
públicos - são diferentes e estão muito distante uma da outra, mas é importante
destacar que não são fenômenos opostos.
O receio e o questionamento
principal que fica é se, acostumados a praticar estes atos na escola, os
estudantes não chegarão ao mercado de trabalho querendo reproduzir este
comportamento? Todas as pessoas que estão à frente de grandes empresas e em
cargo importantes para o país foram alunos.
Quem sabe se esse comportamento na escola já
não é resultado das vezes que subornamos um irmão para não contar aos nossos
pais alguma coisa errada que fizemos na sua ausência?
Temos que saber cobrar
dignidade nas pessoas para acabar com a corrupção, lembrando-nos dos nossos
erros. Pois quem rouba um real tem perfil para roubar um milhão, e quem
corrompe ou foi corrompido na infância tem perfil para continuar na vida
profissional.
Pergunto: Respeitando o grau da corrupção, quem sabe se não somos todos
corruptos?
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