quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Sem medo da redação do Enem.


Ganha um doce quem não se preocupou com a redação no tempo em que foi vestibulando e pleiteou vaga em universidade pública. Por mais que o estudante domine a técnica, sempre bate o medo de não saber o que escrever, não atingir o número mínimo de linhas exigidas ou fugir do tema proposto. No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que acontecerá em 24 e 25 de outubro, a dissertação é encarada no segundo dia. Uma boa nota nessa prova pode fazer a diferença no disputado Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Ministério da Educação, que reúne vagas de graduação em universidades públicas brasileiras e utiliza o Enem no processo seletivo.

Faltando poucas semanas para a avaliação, uma boa dica é treinar. Colocar a mão na massa e produzir textos. “É importante que o estudante observe as cinco competências exigidas no Enem. A prova será corrigida levando em conta essas competências. Por isso ele deve conhecê-las e guiar a construção da dissertação a partir delas”, destaca a professora de redação Ana Cristina Verdasca Aceto, que leciona no Colégio Santa Maria. Na página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo exame, há o Guia da Redação, onde estão detalhadas as competências.


Segundo o Inep (www.inep.gov.br), uma nova versão do guia deve ser divulgada nos próximos dias (a atual é de 2013). A novidade será a inclusão de exemplos de redações nota 1000 do Enem no ano passado. Mas conforme o órgão, não haverá mudanças nas competências avaliadas. “Na redação, você deverá defender uma tese, uma opinião a respeito do tema proposto, apoiada em argumentos consistentes estruturados de forma coerente e coesa. Você deverá elaborar uma proposta de intervenção social para o problema apresentado no desenvolvimento do texto que respeite os direitos humanos”, enfatiza o Inep no manual destinado aos candidatos.

Cada competência vale até 200 pontos. A dissertação só será corrigida se tiver no mínimo oito linhas. Até sete será considerado texto insuficiente, portanto não avaliado pelos corretores. A sugestão de Ana Cristina é que o candidato estruture a redação em pelo menos quatro parágrafos: um para introdução, dois para desenvolvimento e o último para conclusão. “Na parte gramatical, um dos erros mais comuns dos estudantes é pontuação. O ideal é que em cada parágrafo tenha dois ou três períodos: tópico frasal, explicação e conclusão”, observa a professora. Nada de redigir um parágrafo com seis, sete linhas, sem colocar nenhum ponto.

PARCERIA - Escrever as redações vai ajudar a se preparar para o Enem. Mas é legal que alguém leia o que o fera escreveu. Uma proposta é convidar um amigo da escola ou do cursinho para corrigir o texto. E fazer o mesmo com a dissertação dele. “Treinar é importante, mas não vai adiantar muito se o estudante reproduzir os mesmos erros sempre. Baseado no quadro de competências exigido pelo Inep, o vestibulando avalia a redação do colega e vice-versa”, destaca Ana Cristina.

Desde 2009, quando passou a substituir os principais vestibulares do País, o Enem trouxe temas da redação ligados à cidadania. O candidato não pode esquecer de apresentar uma proposta de intervenção no problema apresentado. “É comum escrever, na redação, que o governo deve resolver o problema ou que é necessário que haja uma conscientização da sociedade para resolver a questão. Tais soluções são vagas e incompletas”, diz a professora, ressaltando que não se pode desrespeitar os direitos humanos.



Do JC Online.

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