O Supremo Tribunal Federal
(STF) determinou nesta terça-feira (13) a suspensão do modelo de tramitação de
um eventual processo de impeachment apresentado ao plenário da Câmara dos
Deputados pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ); segundo informação
da Folha de S. Paulo. A decisão do ministro Teori Zavaski, acolhendo um pedido
do deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), cancela o procedimento estabelecido
por Cunha em caso de rejeição dos pedidos de deposição presidencial e
determinou que, por lei, cabe unicamente ao presidente da Câmara deferir ou não
um pedido de impeachment.
Segundo o rito apresentado
pelo presidente da Câmara, caso um pedido de impedimento seja rejeitado pela
presidência, o plenário pode entrar com um recurso e bastaria o voto de mais da
metade dos presentes para dar seguimento ao processo. A oposição chegou a
articular para que Eduardo Cunha rejeitasse o pedido de impeachment do jurista Hélio
Bicudo para evitar contaminar o processo de deposição da presidente Dilma
Rousseff (PT), para que os parlamentares oposicionistas pudessem reabri-lo no
plenário.
Eduardo Cunha havia
prometido dar uma resposta nesta terça-feira para o pedido de impeachment de
Bicudo, mas a análise pode ser adiada após a oposição incluir novas informações
sobre a possibilidade de a presidente Dilma Rousseff ter repetido as
"pedaladas fiscais" em 2015. Eduardo Cunha tem se fragilizado no
cargo após as informações de que teria US$ 5 bilhões em contas na Suíça.
OPOSIÇÃO - Líderes da
oposição reuniram-se na manhã desta Terça-feira com Cunha na residência oficial
do peemedebista para discutir a abertura do processo de impeachment de Dilma.
Eles pressionaram o presidente da Câmara para que ele, mesmo fragilizado pelas
denúncias de corrupção, assuma o protagonismo da situação e acate o pedido de
impedimento apresentado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.
O encontro reuniu os líderes
do PSDB, Carlos Sampaio (SP), do DEM, Mendonça Filho (PE), do PPS, Rubens Bueno
(PR), do PSB, Fernando Filho (PE), da Minoria, Bruno Araújo (PSDB-PE), além do
presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP),
e o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).
De acordo com participantes,
Cunha disse apenas que pensaria na possibilidade de contrariar o acordo
estabelecido originalmente. A ideia inicial era que Cunha rejeitasse o pedido
de impeachment para que a oposição apresentasse recurso, que seria votado em
plenário.
Nesta terça-feira (13), a
oposição planeja apresentar um aditamento ao pedido de impeachment dos juristas
para incluir as chamadas pedaladas fiscais praticadas em 2015, o que derrubaria
o argumento de que os opositores estão se baseando em irregularidades de
mandato anterior para pedir a saída de Dilma.
Durante a reunião, Cunha e
oposicionistas souberam da liminar concedida pelo ministro Teori Zavascki
suspendendo o rito do processo de impeachment apresentado por Cunha. Ainda
durante o encontro, os deputados decidiram recorrer da decisão.
Do JC Online e Estadão
Conteúdo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça o seu comentário para que possamos melhorar sempre o nosso Blog.