domingo, 1 de abril de 2012

VOCÊ PAGOU COM TRAIÇÃO...


Rejeitada pela sociedade, a traição na política é aceita como uma arma estratégica para garantir a sobrevivência do mais forte.
No ano de 44 (a.C.), o imperador romano Júlio César foi advertido por um vidente de que não viveria até o final dos "idos de março". De fato, César terminou traído por uma conspiração que envolvia 60 senadores, inclusive seu filho adotivo, Marcus Brutus, e foi assassinado a facadas. Mais de dois mil anos depois – guardadas as devidas proporções – a situação vivida por César se adapta aos "idos de março" do PT no Recife. A palavra "traição" está na boca de supostos aliados, e o cenário é de um partido dividido e autofágico, onde a acirrada rivalidade entre grupos internos tem impedido definições importantes. Entre elas, a do nome que disputará a prefeitura.
Quem seria o Brutus de João da Costa? A lista inclui figuras como o senador Humberto Costa, líder do PT estadual, que tentou, sem sucesso, colocar o próprio nome como opção para a disputa na capital. Também estão nela o deputado João Paulo – ex-padrinho político que virou inimigo figadal do prefeito, dizendo-se traído por ele – e o deputado Maurício Rands, que articulou, em silêncio, o seu nome como alternativa à sucessão de João da Costa. Há ainda o governador Eduardo Campos (PSB), comandante da Frente Popular, que embora aliado administrativo do prefeito, teria estimulado a postulação de Rands. Sem falar em antigos colaboradores do prefeito, como o ex-secretário de Assuntos Jurídicos da PCR, Cláudio Ferreira, peça-chave no primeiro escalão, que pediu demissão após a entrada de Rands no páreo e aceitou o convite para coordenar a campanha do cunhado nas prévias do PT.
Sérgio Montenegro Filho - JC.


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