Os exames anuais que as mulheres fazem preventivamente para a detecção precoce de tumores cancerosos nas mamas poderiam ser refinados com o auxílio do ultrassom e da ressonância magnética, além da mamografia, mais comum, revelou um estudo feito nos Estados Unidos e divulgado nesta terça-feira.
A pesquisa, publicada na edição de 4 de abril do Jornal da Associação Médica Americana, demonstrou que estas duas técnicas ajudaram a detectar pequenos tumores cancerosos que passaram despercebidos em mamografias.
O estudo acompanhou 2.662 mulheres com risco elevado de desenvolver câncer de mama, particularmente devido a mamas densas e/ou a histórico familiar da doença. Elas concordaram em se submeter a três testes independentes em um ano, realizados aleatoriamente.
Os três testes detectaram um total de 111 cânceres, o correspondente a 2,6% do total do grupo.
A mamografia, que é um exame de raio-X de baixa dose de radiação, detectou 59 cânceres ou 53% do total dos cânceres encontrados.
O ultrassom, um exame que usa ondas sonoras para gerar uma imagem do funcionamento interno do corpo e costuma ser usado em grávidas, detectou 29% dos tumores cancerosos.
Exames de ressonância magnética, que usam o campo magnético combinado com pulsos de radiofrequência, identificaram 8% dos cânceres que os outros dois métodos não conseguiram detectar.
Onze cânceres ou 11% não foram detectados por nenhum dos três métodos, destacou o estudo.
Segundo Kristin Byrne, chefe do centro de imagens de mama do Hospital Lenox Hill, em Nova York, o estudo mostra que métodos alternativos de testagem podem ajudar a identificar cânceres que a mamografia não conseguiu detectar.
"O câncer de mama é difícil de detectar pela mamografia em pacientes com tecido mamário denso. O ultrassom e a ressonância magnética detectam um número significativo de cânceres de mama que não são vistas na mamografia em pacientes com tecido mamário denso", acrescentou.
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