O deputado federal Rodrigo
Maia (DEM-RJ), 46 anos, foi eleito na madrugada desta quinta-feira (14), com
285 votos, presidente da Câmara dos Deputados. Maia venceu em segundo turno o
deputado Rogério Rosso (PSD-DF), que até então era apontado como candidato
favorito do Palácio do Planalto para o cargo. Rosso somou 170 votos. Outros
cinco parlamentares votaram em branco.
Rodrigo Maia ficará à frente
da Câmara até fevereiro de 2017. Em discurso no plenário da Casa, o deputado
vencedor destacou sua biografia e se disse pronto para assumir o comando.
“Ofereço a dimensão da experiência que acumulei em quase 20 anos aqui dentro e
a correção pela qual pautei minha vida pública”, pontuou Maia.
Citando a crise econômica
que atinge o país e o conturbado momento político pelo qual passa o Congresso,
o deputado afirmou que as repúblicas "nunca se consolidam sem a força dos
parlamentos". “Quando a Câmara é atacada ou mal defendida, é a cada um dos
nossos mandatos que atacam”, disse Maia. “Sei que estou pronto para navegar
nessa tormenta, que passará. A Câmara, o Congresso e o Brasil são maiores que
qualquer crise”, finalizou.
Trajetória política
Formado em economia, Rodrigo
Maia é deputado federal pelo Rio de Janeiro há cinco legislaturas. Foi eleito
para o primeiro mandato em 1998. Tentou se eleger prefeito do Rio em 2012,
tendo Clarissa Garotinho (PR-RJ) como vice.
Maia também ocupou o cargo
de secretário de Governo do Rio de Janeiro (1997-1998) e de secretário de
Governo do Município do Rio de Janeiro (1996). Antes de chegar ao Democratas
(DEM), o parlamentar foi filiado ao PFL e ao PTB. Maia assumiu a presidência
nacional do DEM, partido que ajudou a criar, em 2007.
Filho do ex-prefeito do Rio
de Janeiro Cesar Maia (DEM), Rodrigo Maia integra um bloco informal dos
chamados governistas independentes. Além do DEM, compõem o grupo o PSDB, o PSB
e o PPS.
Histórico na Casa
No primeiro turno da votação
para presidência da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) conquistou os apoios do PSDB,
DEM, PPS e PSB.
Na Casa, o representante do
Democratas votou a favor da admissibilidade do processo de impeachment da
presidenta, agora afastada, Dilma Rousseff. O deputado também votou a favor da
proposta de emenda à Constituição (PEC) que previa mudar a maioridade penal de
18 para 16 anos em caso de crimes graves.
Em 2015, foi presidente e
relator da proposta de reforma política. É presidente da Comissão Especial da
DRU (Desvinculação das Receitas da União). Atualmente, é membro efetivo das
comissões de Finanças e Tributação.
Agência Brasil.
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