Uma vergonha para o bairro.
Minha querida Recife que
aprendi a amar desde os meus 2 anos de idade, quando saí de Brejão/PE com meus
pais apostando numa vida melhor na cidade grande. Cresci e me criei, junto a
mais quatro irmãos, no bairro do IPSEP bairro de tantas glórias. Fiz inúmeros
amigos na época das peladas nos campos de areia, dos assustados (festa surpresa
nas casas dos amigos). As inúmeras tardes de verão empinando papagaio (pipa),
jogos de pinhão, bola de gude. Infância sadia, sem fumo, álcool ou outros
vícios, ficávamos até altas horas nas praças. Não havia violência. Sentia orgulho
do meu bairro. Para mim era o melhor por ser próximo ao aeroporto, próximo à
praia de Boa Viagem, próximo ao Shopping Center Recife, da minha casa até o
centro do Recife de ônibus não se gastava mais de 20 minutos. Más o tempo foi
implacável, ficou apenas a saudade de uma época que não volta mais.
Hoje, após 20 anos da minha
saída do Ipsep, não encontro quase nenhum dos amigos de outrora. Os campos de
futebol deram lugar a residências, as brincadeiras daquela época já não existem
mais. O bairro se transformou, devido ao aumento populacional. Nos terrenos
onde havia uma casa, hoje existem duas, três até quatro casas espremidas uma em
cima da outra e mais, o descaso de muitas pessoas sem respeito aos direitos dos
outros que jogam lixo no meio da rua como se fosse a forma correta de se livrar das
coisas que não lhes tem mais serventia.
Neste final de ano retornei
ao Ipsep com a minha esposa, duas filhas e um neto para junto a minha família,
que ainda mora no Recife, passarmos os Festejos Natalino. Tamanho foi o
descontentamento e decepção ao andar pelas ruas do bairro me deparar com
inúmeros buracos no calçamento, lixo nas calçadas (conforme fotos). Lamentavelmente
o Ipsep pede socorro, porém, quem deveria cuidar é exatamente quem maltrata.
Vergonhoso.
Vergonhoso.
Vergonhoso.
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