Um dia após o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolher o pedido de impeachment contra a
presidente Dilma Rousseff (PT), os nove governadores do Nordeste, região que
mais apoiou o PT nas últimas eleições presidenciais, repudiaram nesta
quinta-feira (3) a decisão do peemedebista. Em nota, eles classificaram a
abertura do processo como "absurda tentativa de jogar a nação em tumultos
derivados de um indesejado retrocesso institucional".
A nota diz que o processo de
afastamento, "por sua excepcionalidade, depende da caracterização de crime
de responsabilidade tipificado na Constituição, praticado dolosamente pelo
Presidente da República". "Isso inexiste no atual momento brasileiro.
Na verdade, a decisão de abrir o tal processo de impeachment decorreu de
propósitos puramente pessoais, em claro e evidente desvio de finalidade",
afirmam o potiguar Robinson Farias (PSD), o maranhense Flavio Dino (PC do B), o
paraibano Ricardo Coutinho (PSB), o cearense Camilo Santana (PT), o baiano Rui
Costa (PT), o pernambucano Paulo Câmara (PSB), o piauiense Wellington Dias
(PT), o sergipano Jackson Barreto (PMDB) e o alagoano Renan Filho (PMDB).
Os chefes de Executivos
estaduais do Nordeste provocaram Cunha e afirmaram que, em vez de
"golpismo", "o Brasil precisa de união, diálogo e de decisões
capazes de retomar o crescimento econômico, com distribuição de renda".
Do Estadão Conteúdo.
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