A comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou ontem (24) a indicação do escritor Ariano Suassuna para concorrer ao Prêmio Nobel de Literatura de 2012. Toda essa mobilização começou através do controverso conterrâneo Cassio Cunha Lima, senador pelo PSDB. Se depender dele e agora da comissão, Ariano Suassuna pode receber alguma atenção da Academia Sueca, instituição responsável por atribuir o Prêmio Nobel de Literatura desde 1901.
A indicação de Ariano, se ocorrer e se ele não vier a ganhar o Nobel, só seria conhecida daqui há 50 anos, já que apenas o vencedor de cada categoria é divulgada. Entre 200 e 300 nomes são indicados por ano, mas segundo correspondência enviada por membros dos comitês de cada categoria a escritores, cientistas, professores e acadêmicos ao redor do mundo. As personalidades indicadas (e não é permitido indicar a si mesmo) são analisadas por especialistas de cada área. Portanto, seguindo essa lógica, o lobby de Cassio pode não ter nenhum efeito direto.
Entre outros escritores destacados pelo senador, estavam Milton Hatoum e Ferreira Gullar. O Brasil nunca recebeu o prêmio, mas estiveram bem cotados, João Cabral de Melo Neto, Jorge Amado e Carlos Drummond de Andrade.
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