segunda-feira, 7 de março de 2016

As arbitrariedades do poder.


O episódio visto na semana passada com a condução coercitiva do ex-presidente Lula para depor na Polícia Federal se conclui que  ou o juiz Moro é muito burro ou está afim de tocar fogo no circo, pois até uma criancinha saberia que levar Lula forçado a depor (para muitos é o mesmo que ser preso) provocaria reações dos militantes do PT. Ou seja, daqui pra frente, Moro é responsável pelas eventuais (e quase certas) eclosões de tumultos (mas Moro, que é um homem honrado, afirmou, com santa inocência ou perfeita cara de pau, que assim agia justamente para evitar distúrbios).

Para mim, se havia alguma dúvida sobre o caráter político-ideológico do encaminhamento dado às investigações de corrupções na Petrobrás, que passam absolutamente ao largo dos indícios de práticas semelhantes nos governos e nas campanhas da oposição, as dúvidas foram dissipadas. A espetaculosa mobilização de aparato policial-midiático teve um objetivo preciso, em seu caráter simbólico: desconstruir a imagem de Lula, já minada diariamente pela mais facciosa cobertura da imprensa.

Contudo, não há mal que não traga um bem. Lula, tão logo terminou o seu depoimento na PF se dirigiu à sede do seu partido (PT) e em coletiva concedida à imprensa, foi enfático na sua defesa e argumentos, que de imediato repercutiu nos meios de comunicação. Lula recebeu apoio das mais variadas representações da nossa sociedade, em reconhecimento ao ato arbitrário do Juiz Moro. 

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