O presidente da OAB, Ophir Cavalcante, reagiu a pedido feito
pelo ministro Joaquim Barbosa, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF), para que a corte encaminhasse uma denúncia à Ordem dos Advogados do
Brasil a respeito de supostas ofensas que teriam sido feitas a ele por três
defensores em suas alegações finais. "No exercício da defesa, o advogado
atuou conforme determina sua consciência. Diante dos fatos, é lamentável essa
reação do ministro Joaquim Barbosa. Não houve ofensa pessoal. Se o advogado for
calado, é a cidadania que é calada. Não se pode restringir o exercício da ampla
defesa", comentou Cavalcante.
O ministro queria fazer uma queixa formal, direcionada à
OAB, sobre o assunto, mas o pedido foi rejeitado no STF. Os advogados alegaram
que ele teria antecipado seu posicionamento em entrevistas e estaria sujeito a
pressões midiáticas. "Tais afirmações, para dizer o mínimo, ultrapassam o
princípio da deselegância e da falta de urbanidade e lealdade, que se exige de
todos no processo, aproximando-se da pura ofensa pessoal", disse Barbosa.
O STF também decidiu hoje, mais uma vez, pela manutenção de Joaquim Barbosa
como relator do processo do mensalão, recusando declarações de impedimento ou
parcialidade suscitadas por advogados.
Da Agência Estado.
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