A Segunda Turma do Supremo
Tribunal Federal (STF) adiou nesta terça-feira (11) o julgamento do recebimento
da denúncia contra o deputado federal pernambucano Eduardo da Fonte (PP) por
crime de corrupção passiva. O advogado do parlamentar, Hamilton Carvalhido,
passou mal durante a sessão.
Caso o STF decida receber a
denúncia, Eduardo da Fonte será o terceiro congressista no exercício do mandato
a responder a uma ação penal perante o STF no âmbito da Operação Lava Jato.
Antes dele, viraram réus a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o deputado Nelson
Meurer (PP-PR).
"Presidente, eu não vou
ter condição. Eu não estou me sentindo bem. Vou precisar da sua ajuda",
disse Carvalhido, com a fala pausada, quase se desequilibrando, ao se dirigir
ao ministro Celso de Mello, que presidiu a sessão.
"Fica então suspenso
esse julgamento que será retomado em momento oportuno com a sustentação oral do
eminente ministro Hamilton Carvalhido", disse Celso de Mello. Ex-ministro
do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Carvalhido foi levado ao ambulatório do
STF.
Denúncia
Em junho deste ano, a
Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou ao STF a denúncia contra o
Eduardo da Fonte. O deputado é acusado de intermediar o pagamento de R$ 10
milhões de propina ao então senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), morto em 2014, com
a finalidade de esvaziar uma comissão parlamentar de inquérito instalada no
Senado que investigava contratos da Petrobras.
De acordo com a PGR, a
propina de Eduardo Fonte era abastecida pelo dinheiro desviado da diretoria de
abastecimento da Petrobras, chefiada na época por Paulo Roberto Costa, hoje um
dos delatores da Operação Lava Jato.
A investigação contra
Eduardo da Fonte é embasada nos depoimentos de Costa e do doleiro Alberto
Youssef, acusado de integrar o núcleo financeiro da organização criminosa que
atuava na estatal.
Eduardo da Fonte também é
alvo de uma outra denúncia apresentada pelo procurador-geral da República,
Rodrigo Janot. O parlamentar é acusado pelo recebimento de propina para
beneficiar a UTC Engenharia. O ex-executivo da Petrobras Djalma Rodrigues de
Souza também foi denunciado no caso.
Estadão Conteúdo.
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