segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

É possível ter bom relacionamento com o chefe sem ser bajulador?


Ele está sempre pronto para bajular o chefe, tecer elogios incansavelmente, concordar com tudo que o superior diz e prontificar-se para ajudar até nos mínimos e mais desimportantes detalhes, além de apresentar comportamento sempre passivo. O fato é que toda empresa tem seu funcionário puxa-saco de estimação, um tipo de profissional capaz de desagradar tanto gestores quanto colegas de trabalho e passar imagem de insegurança e falta de profissionalismo.

O que muita gente não se dá conta é que, sim, dá para manter um relacionamento agradável com o superior sem recorrer às técnicas milenares do “puxa-saquismo”. De acordo com a consultora de etiqueta empresarial da Executive Manners Consulting Maria Aparecida Araújo, antes de mais nada, é necessário entender as diferentes hierarquias presentes no ambiente corporativo e aprender a separar o local de trabalho da vida pessoal.


“Se fora da empresa você e o chefe são amigos ou parentes, do lado de dentro, esse relacionamento não deve transparecer, para não interferir no trabalho realizado e no atendimento dos clientes”, ensina. Assim, o funcionário precisa repensar suas atitudes quanto à linguagem utilizada para se comunicar com o chefe, as brincadeiras que realiza e os assuntos que traz para conversar durante o expediente. “Quando um profissional é contratado, está vendendo seu tempo e suas habilidades para a firma. Tudo que foge disso deve estar fora de questão e não ajuda a desenvolver um bom relacionamento com o superior”, completa a consultora.

Já para os que não têm amizade com o chefe nem fora da empresa vale a mesma regra de bom senso. Muito mais do que tentar puxar assuntos aleatórios e bancar o amigão, o bom profissional sabe ser agradável e eficiente conforme é solicitado. “O puxa-saco tem esse comportamento de forçar uma aproximação porque não é autoconfiante, ou seja, precisa sempre da aprovação alheia e busca um retorno através da bajulação do chefe”, comenta a diretora da Lucre Recursos Humanos, Lúcia Barros. “Ele acredita que, assim, vai conseguir se destacar em meio a seus colegas, mas só conquista antipatia e desconfiança”, termina.

No lado oposto, um comportamento adequado seria sempre cortês e gentil, mas dentro das formalidades exigidas e sem exagerar na necessidade por retorno e aprovação. “Basta cumprir as expectativas do chefe, realizando um bom trabalho, sendo proativo e solícito. Vale muito mais do que puxar saco”, confirma a diretora da Lucre.

Caso o funcionário esteja passando dos limites, cabe ao chefe chamá-lo para uma conversa em particular. A iniciativa também pode partir dos próprios colegas de trabalho que se sintam incomodados com a situação. “Um profissional do tipo acaba virando motivo de chacota entre os colegas e prejudica a imagem de seu gestor, que parece gostar de ser bajulado”, comenta Lúcia. Então, vale contatar a pessoa para dizer, com delicadeza, que ela está exagerando e que não precisa do comportamento para ser bem vista na empresa ou para ter seu trabalho reconhecido entre os demais funcionários do grupo.

Do JC Online.

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