sábado, 25 de julho de 2015

CPI nacional debate alta violência contra juventude negra em Pernambuco.

Foto: Blogueirasnegras.org

A CPI criada na Câmara Federal para apurar as causas da violência e da morte de jovens negros no Brasil encerrou o seu trabalho de ouvir ideias e propostas em Pernambuco, nesta segunda-feira (17/07). O encontro com representantes do governo, do Ministério Público e da sociedade civil na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) foi a última audiência pública antes da apresentação e votação do relatório do colegiado em Brasília.

O Cabo de Santo Agostinho é o município mais vulnerável do País para a juventude negra, segundo o Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade Racional, divulgado em maio pelo governo federal em parceria com a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

Pernambuco fica em terceiro lugar no ranking dos estados. O estudo mostra que as chances de um jovem negro ser assassinado em Pernambuco são 11,5 vezes maior do que a de um jovem branco.

"O estudo revela um quadro de preocupação. Pernambuco melhorou os dados, mais ainda está numa situação que requer atenção. Os governos municipal, estadual e federal precisam agir em conjunto para elaborar políticas públicas que possam reverter esse quadro", defende o deputado federal Betinho Gomes (PSDB-PE), autor do requerimento para que a CPI realizasse uma audiência em Pernambuco.

No relatório do colegiado serão apresentadas cinco metas nacionais para serem cumpridas no prazo de dez anos. O documento também vai sugerir a criação de um fundo nacional de promoção da igualdade racional no País.

"A violência hoje, o homicídio, sobretudo, gira em torno da juventude negra, principalmente da juventude negra e pobre. Por conta disso, ela requer uma ação especial", explica Betinho.
Do JC Online.

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