Sem alarde, o ministro Teori
Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), indeferiu uma petição apresentada
pelo empresário Aldo Guedes, ex-presidente da Copergás e ex-sócio de Eduardo
Campos (PSB) em empresas. Aldo Guedes fez uma petição, assinada pelo seu
advogado Ademar Rigueira Neto, apresentando amplos documentos sobre sua
evolução patrimonial e empresas.
No mesmo documento, pediu
que o STF ordenasse uma perícia contábil, para demonstrar que seus bens são
compatíveis com suas rendas e que não foi beneficiário da alegada propina de R$
20 milhões, que teria sido destinada a Eduardo Campos e Fernando Bezerra
Coelho, segundo o texto da delação premiada de Paulo Roberto Costa, ex-diretor
da Petrobrás.
Paulo Roberto Costa foi o
primeiro delator da Lava Jato. O procurador geral da República, Rodrigo Janot,
teve oportunidade de se manifestar sobre o pedido de Aldo Guedes, antes do STF
decidir.
Janot disse que o pedido
deveria ser negado, pois “os fatos investigados se referem à solicitação e ao
recebimento de vantagem pecuniária indevida para campanha eleitoral ao Governo
do Estado de Pernambuco no ano de 2010, não tendo a propina, em princípio,
revertido em benefício pessoal do requerente”.
Em resumo, Janot disse que o
pedido de Aldo Guedes não fazia sentido, pois a Polícia Federal não investiga
ter revertido em benefício pessoal dele, mas sim a possibilidade de ter sido
utilizada na campanha de Eduardo Campos, como afirmado pelo delator Paulo
Roberto Costa.
Teori Zavascki, relator da
Lava Jato no STF, aceitou a posição de Janot e indeferiu o pedido de perícia de
Aldo Guedes, em despacho assinado em 4 de abril. O ministro, entretanto, deixou
aberta a possibilidade de Aldo pedir novamente a perícia. “Nada impede,
entretanto, que o requerente apresente em momento processual oportuno, quando
já deflagrada a fase instrutória, renovação do seu pedido, facultando-lhe ainda
a juntada de eventual laudo pericial contábil e outros elementos de prova que
entenda essencial à elucidação dos fatos”, disse Teori.
Do Blog de Jamildo.
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