Centenas de militantes e aliados das siglas que fazem da
parte da coligação Pernambuco Vai Mais Longe (PTB, PT, PDT, PRB, PSC e PTdoB)
lotaram uma casa de festas na noite desta quinta-feira (21), na zona norte do
Recife. O evento marcou definitivamente a retomada da campanha pelos partidos
depois da morte do ex-governador e candidato à Presidência da república,
Eduardo Campos. “Hoje, para todos nós, é um dia muito importante, pois na
prática estamos retomando a nossa campanha”, comentou o senador Humberto Costa
(PT).
A programação estava marcada para começar às 16h, mas por
conta do atraso de Armando Monteiro, só começou às 18h20. Orquestras de frevo e
malabaristas recepcionavam as pessoas. O candidato ao governo comentou que o
evento já estava marcado é serviria para incentivar os militantes. “É algo que
já estava previsto e que nós adiamos. Nós vamos agradecer tudo o que foi feito
até agora, e vamos solicitar um engajamento maior”, explicou Monteiro.
No palco, a presidente do PT em Pernambuco, Tereza Leitão,
foi a primeira que discursou. A petista comentou que foi muito importante para
a coligação a reunião logo após o início do guia eleitoral no rádio e na
televisão. Mas também destacou a mudança do candidato à presidência pelo PSB e
o que isso iria repercutir na reeleição de Dilma Rousseff. “Não ficamos em
pesquisas feitas sob o impacto da comoção, em pesquisas feitas com o
direcionamento político claro, porque a fragilidade dessa mudança já está
expressa hoje nos jornais. Eles não estão se entendendo, eles não estão
conseguindo fazer de Marina uma real substituta”, afirmou Tereza.
Logo em seguida, o senador Humberto Costa assumiu o
microfone. Ele também comentou sobre as eleições presidenciais e a escolha de
Marina como candidata do PSB. O senador afirmou que a socialista não pode ter
nenhum voto de Pernambuco. “Ela pode ter voto lá pras bandas do Sul, pro Norte,
pra onde for. Mas aqui em Pernambuco não pode ter, minha gente. Porque Marina Silva
foi ministra comigo, passou quase oito anos como Ministra do Presidente Lula. E
quem achar um tijolo ou uma pá de cimento que ela colocou aqui em Pernambuco
vai ser escolhido como rei do nosso estado”, ironizou o senador petista.
O candidato ao Senado pelo PT, João Paulo, falou logo em
seguida. Ele reconheceu que o estado avançou no governo anterior, mas afirmou
que muita coisa ainda precisa ser feita. “Apesar de reconhecermos os grandes
avanços aqui em Pernambuco, mas sabemos que Pernambuco tem muitos gargalos a
resolver. Tem muitas questões aqui no estado, na área da saúde, educação e
segurança que precisam ser enfrentadas”, explicou o petista. João Paulo também
comparou a Frente Popular com o Titanic. “O Titanic começou a afundar, e já tem
muita gente pulando e muita gente pulando, como no filme, naquele mar gelado. O
nosso governo não fará nenhuma retaliação com ninguém que pense diferente de
nós”, afirmou João.
Muito aplaudido, Armando Monteiro foi o último que falou. Ele
agradeceu as lideranças, políticas e municipais, e aos militantes que
compareceram. Ele fez um agradecimento aos presidentes dos partidos que compõem
a chapa. “Ano passado tinha gente dizendo que o outro partido ia ganhar por WO.
Quando nos apresentamos, disseram que a gente ia ficar sozinho. Hoje estamos na
fase decisiva dessa luta. Vamos nos mobilizar mais para desenhar nossa
vitória”, explanou o candidato. Questionado sobre o uso da imagem de Eduardo
Campos pela Frente Popular na campanha, ele afirmou que o eleitor vai votar nos
que estão disputando as eleições agora. “Os Pernambucanos votarão naqueles que
hoje estão postulando essa condição de governar o estado. Portando, a avaliação
será feita entre os candidatos que estão disputando, sobretudo olhando para o
futuro”, explicou Monteiro.
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