A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) publicou a medida que torna oficialmente a Cannabis Sativa,
maconha, em planta medicinal. A resolução da Diretoria Colegiada (RDC), inclui
a erva na Farmacopeia Brasileira e libera o uso da maconha para fins
medicinais. Essa é a primeira vez que a Anvisa reconhece o potencial
terapêutico da planta in natura.
A Anvisa já tinha admitido, em
janeiro de 2015, as propriedades terapêuticas do canabidiol
(CBD). O produto, que ganhou notoriedade nacional no início
de 2014, por seu poder de controlar convulsões em epilepsias de difícil
controle. Em novembro de 2015, foi a vez de o THC ter sua prescrição permitida,
desta vez por via judicial, graças a uma ação do Ministério Público do Distrito
Federal.
Agora, é a primeira vez que a Anvisa reconhece
que a planta, o vegetal in natura, como se fuma, e não apenas seus componentes,
tem potencial terapêutico.
A primeira edição da Farmacopeia, que
lista os vegetais com propriedades terapêuticas conhecidas, foi publicada em
1929 e a maconha já estava lá. Em 1938, a erva foi proibida pela primeira vez
no Brasil, e logo depois a espécie foi removida da lista, segundo a
Superinteressante.
À publicação, Emílio Figueiredo,
advogado da Rede Jurídica pela Reforma da Política de Drogas alertou que a
proibição e a criminalização do cultivo persistem, mas com certeza é um grande
avanço na perspectiva do acesso à saúde, porque abre caminho para a produção,
distribuição e consumo para fins terapêuticos.
Do JC Online.
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