A força-tarefa da Operação
Custo Brasil, deflagrada na manhã desta quinta-feira (23) pela Polícia Federal,
acredita que provas indicam que houve formação de organização criminosa no
Ministério do Planejamento entre 2009 e 2015. A organização criminosa era encabeçada
pelo então ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou o delegado
regional da Polícia Federal em São Paulo, Rodrigo de Campos Costa, em coletiva
de imprensa pela manhã na capital paulista. Depois que Bernardo saiu do
ministério, em 2011, ele continuou no esquema, mas passou a ganhar metade da
propina que recebia anteriormente.
O alvo da operação é um
esquema que teria desviado mais de R$ 100 milhões entre 2009 e 2015, por meio
do contrato com a empresa de tecnologia Consist Software. A empresa gerenciava
o sistema de concessão de empréstimos consignado a servidores públicos. O custo
desse trabalho seria de R$ 0,30, mas a empresa cobrava cerca de R$ 1,00.
"O esquema lesou milhares de funcionários públicos que utilizaram esse
tipo de crédito", destacou o superintendente regional da Receita Federal,
Fabio Ejchel. A Receita e a procuradoria da República participam da operação
conjunta.
Dois empresários são presos na
Operação Custo Brasil em Pernambuco. Segundo a PF de São Paulo, os empresários
Emanuel Dantas do Nascimento, de 54 anos, natural de Inajá, no Sertão do
Estado, e Joaquim José Maranhão da Câmara, de 52 anos, foram presos nos bairros
de Boa Viagem e da Jaqueira, nas zonas Sul e Norte do Recife, respectivamente.
Ambos eram sócios na empresa Consucred, que prestava consultoria econômica e
financeira no centro do Recife.
De acordo com a Polícia
Federal em Pernambuco, todas as investigações estão sendo realizadas em São
Paulo e o apoio da PF em Pernambuco foi apenas operacional. Ainda segundo a PF
de Pernambuco, todo material apreendido, bem como os empresários, estão sendo
encaminhados para São Paulo.
Do Estadão.
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