A revelação feita pelo
repórter do JC, Raphael Guerra, de que a SDS mentiu novamente sobre a perícia
não realizada dentro do quarto onde o empresário, Paulo Morato, foi encontrado
morto, caiu como uma bomba no Palácio das Princesas. Irritado com a série de
contradições da própria secretaria para o caso, o governador foi orientado por
alguns assessores para demitir o Secretario, Alexandre Carvalho. Eles avaliam
que a demora da polícia e as contradições nas declarações à imprensa apenas
servem para estimular os boatos que inundam as redes sociais e que podem
afetar, definitivamente, a imagem do PSB para as próximas eleições.
Na madrugada do dia 23, a
delegada Gleide Ângelo solicitou, sim, perícia no local para fornecer provas
que pudessem contribuir com as investigações, o que desmente as informações
dadas pela Secretaria de Defesa Social. Através de uma nota, a SDS havia
informado à imprensa que os peritos haviam ido ao local “espontaneamente” e sem
“ordem superior”. Assim que chegou ao motel, a equipe recebeu ordem de deixar o
mesmo sem a realização da perícia, o que motivou o espanto de muita gente e de
técnicos da própria secretaria. O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco,
chegou mesmo a emitir nota oficial, na segunda-feira, onde solicitava “investigações”
sobre o cancelamento da perícia.
O Sindicato dos Policiais
Civis de Pernambuco (Sinpol), iniciou uma série de ações para exigir autonomia de investigação no caso:
“Estamos começando uma cruzada pela transparência no caso.
A decisão de deflagrar essas
ações começou a partir de denúncias de supostas ingerências na investigação. De
acordo com o Sinpol, peritos papiloscopistas foram impedidos de realizar a
coleta de digitais dentro do quarto da vítima. O fato causou “estranheza” à
categoria.
O empresário encontrado
morto fazia parte de uma quadrilha que, segundo a PF, desviou mais de R$ 600
milhões de recursos públicos e abasteceria o esquema de Eduardo Campos em
campanhas eleitorais. Um dos presos, João Carlos Pessoa de Melo, era
formalmente, o dono do avião que o ex-governador e Marina Campos usaram na
campanha presidencial. Quatro pessoas foram presas e o único foragido, Paulo
Morato, foi encontrado morto 48 horas depois, num motel em Olinda.
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