Durante as últimas décadas,
os pesquisadores começaram a se concentrar na questão: Por que alguns jovens
que vivem em ambientes de alto risco não se envolvem em comportamentos
perigosos? Eles concluíram que tudo gira em torno do termo “resiliência”, a
capacidade de continuar a viver saudavelmente, apesar das adversidades
pessoais, das tensões da vida, ou até mesmo em um ambiente destrutivo. A
resiliência é um conceito psicológico definido como a
capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à
pressão de situações adversas.
Essa resistência parece
desenvolver-se como resultado de uma ampla variedade de apoio social. Apesar
das dificuldades severas e da presença de fatores de risco, os indivíduos
resilientes desenvolvem habilidades de enfrentamento que lhes permitem ter
sucesso na vida. Eles têm um autoconceito forte, uma sólida crença em Deus e
uma atitude positiva para com o mundo ao redor. Impulsionados por um sentido
definido de propósitos para a vida, eles veem os obstáculos como desafios que
podem superar. Acima de tudo, a resiliência parece ter tudo a ver com a
esperança e a crença positiva de que há vida além dos obstáculos presentes.
Embora as famílias, igrejas
e comunidades procurem protege-los, os jovens de hoje vivem em um mundo repleto
de altos riscos. Material sexual explícito espera por eles com apenas um clique
na internet. O acesso ao álcool, maconha, cocaína e anfetaminas é relativamente
fácil, mesmo em ambientes que muitos poderiam considerar saudáveis e seguros.
Portanto, é importante identificar os fatores que levam alguns jovens ao
sucesso, apesar do perigoso mundo em que vivem. Isso poderá ser útil para
ajudar outros jovens a empregar as mesmas estratégias de sobrevivência.
O conceito de resiliência é
vital hoje, já que não podemos tornar o lar e os ambientes sociais lugares
ideais, e não podemos tirar as drogas das ruas ou remover a violência da televisão,
filmes e jogos eletrônicos. Se não podemos eliminar o material nocivo da
internet, então como ajudar as crianças expostas a essas influências a crescer
saudáveis e ser bem-sucedidas? O que podemos fazer como indivíduos, Igreja ou
comunidade para ajudar a juventude a se tornar resilientes?
A primeira coisa importante
a se lembrar é que a resiliência parece resultar de relações de apoio. Relações
positivas, sinceras e duradouras são a chave para o desenvolvimento de jovens
resilientes. Adultos mais velhos ou mentores que apoiam, incluindo pais,
professores e religiosos, desempenham um papel importante na resiliência em
desenvolvimento.
O relacionamento com as
pessoas que demonstram cuidados, carinho e amor incondicional parece
proporcionar aos jovens um sentimento de que eles podem superar qualquer
dificuldade que enfrentarem na vida. Tais relações podem incutir nos jovens um
sentido de autoestima que lhes permite enfrentar os desafios com mais sucesso. Um
estudo em particular constatou que “todos os jovens resilientes tinham pelo menos
uma pessoa em sua vida que os aceitava incondicionalmente”.
Além disso, a
espiritualidade tem um papel importante no desenvolvimento da resiliência. Outro
estudo indica que os jovens resilientes, muitas vezes, têm a capacidade de usar
sua fé religiosa para manter uma visão positiva de uma vida significativa.
Qualquer que seja o fator
fortalecedor da resiliência, a família tem um papel importante, pois é onde
temos mais oportunidade de exercer influência positiva. Uma grande estratégia
eficaz e bastante simples que constrói a resiliência é fazer as refeições em
família, isso contribui para uma redução de comportamentos de risco e
dependência em adolescentes e adultos jovens.
É fundamental que os pais
desliguem a TV e não permitam o uso de dispositivos eletrônicos durantes as
refeições. Nada deve interferir na ligação que acontece em refeições em
família. É encorajador que os jovens realmente apreciem a socialização das refeições
familiares.
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