Senador eleito pelo PSB
teria intermediado o envio de R$ 20 milhões para a campanha de Eduardo Campos
de 2010, segundo jornal paulista.
O senador eleito Fernando
Bezerra Coelho (PSB) afirmou ontem, durante cerimônia de diplomação do Tribunal
Regional Eleitoral (TRE), que desconhecia as acusações feitas pelo ex-diretor
da Petrobrás Paulo Roberto Costa e citadas no jornal O Estado de São Paulo.
Segundo
o jornal, Bezerra Coelho foi o intermediário do pagamento de R$ 20 milhões que
teriam sido feitos para à campanha de 2010 à reeleição do ex-governador Eduardo
Campos, falecido em agosto.
O senador eleito disse
desconhecer a publicação do assunto. “Eu não vi isso hoje (ontem) não”, disse.
“Não tenho nada a declarar. O que eu tinha a declarar a respeito eu já afirmei,
eu já reiterei. Não tenho absolutamente nada a ver com esse episódio e quando,
de fato, o Ministério Público Federal e o Supremo Tribunal Federal se
pronunciarem sobre isso, tudo será esclarecido”, acrescentou.
A assessoria de imprensa do
senador eleito enviou uma nota informando que ele não atuou como tesoureiro ou
coordenador da campanha de 2010 e que “nunca tratou de doações à campanha com
quem quer que seja”. O texto diz, ainda, que Fernando Bezerra Coelho manteve
contato com Paulo Roberto Costa quando era secretário de Desenvolvimento do
Estado, mas que “foram tratativas sempre institucionais, de interesse do
Estado”.
Sobre as declarações feitas
pelo jornal O Estado de São Paulo contra Eduardo Campos, coube ao governador
eleito Paulo Câmara (PSB) rebater. “É uma citação que não tem nenhuma prova,
nenhum fato. Eduardo foi um defensor das investigações profundas no âmbito da
Petrobrás e estou consciente que Eduardo fez um grande governo, foi um grande
brasileiro, que trabalhou com muita seriedade e honestidade e a gente vai ter o
momento certo, a partir do momento em que for necessário, mostrar que Eduardo
queria um Brasil melhor e combatia como poucos a corrupção”, disse.
A matéria do jornal paulista
cita, ainda, que o senador Humberto Costa (PT) também teria recebido R$ 1
milhão para o caixa da campanha de 2010. Quando o assunto veio à tona, na
segunda quinzena de novembro, o petista afirmou, através de nota, que não pediu
“qualquer doação de campanha” a Paulo Roberto Costa. À época, o senador
disponibilizou a abertura dos sigilos bancário, fiscal e telefônico para os
órgãos de investigação.
Em outubro, o ex-presidente
nacional do PSDB, Sérgio Guerra, falecido em março deste ano, também foi citado
pela Folha de São Paulo como um dos beneficiários do esquema de propina da
Petrobrás. Em 2010, Guerra teria pedido R$ 10 milhões para encerrar a CPI da
Petrobrás, iniciada um ano antes.
Mariana Araújo – Folha de
São Paulo.
Em Pernambuco está difícil
se fazer um filme: só tem mocinho. Nenhum bandido!?...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça o seu comentário para que possamos melhorar sempre o nosso Blog.