O Congresso Nacional
promulgou nesta terça-feira (2) uma alteração na Constituição para garantir
aumento nos recursos transferidos aos municípios mensalmente pelo governo
federal.
Aprovada por deputados e
senadores, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) elevou em um ponto
percentual, até 2016, o repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios).
O fundo é formado por
recursos arrecadados com o Imposto de Renda e o IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados). Desse montante, atualmente 23,5% são distribuídos entre as
prefeituras. Com a mudança, a parcela subirá para 24%, em 2015, e para 24,5%,
em 2016.
Segundo cálculos de
governistas, a expectativa é que o realinhamento garanta um reforço de R$ 3,8
bilhões nos cofres das cidades em dois anos.
A distribuição dos recursos
aos municípios é feita de acordo com o número de habitantes. Os dados são
estimados pelo IBGE.
De acordo com parlamentares,
na última previsão, a Secretaria do Tesouro Nacional informou que serão
distribuídos neste ano R$ 65,9 bilhões ao FPM. Até outubro, o Tesouro repassou
R$ 49,7 bilhões.
Durante a discussão da
matéria, o Planalto cedeu para evitar a aprovação do aumento de dois pontos
percentuais, como reivindicavam os municípios.
O presidente da Câmara,
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que a medida representa um alívio aos
municípios, que têm enfrentado situação cada vez mais difícil para honrar
compromissos e responsabilidades.
"O município foi
assumindo demandas e responsabilidades nos últimos anos, sem ter contrapartidas
necessárias para honrá-las e cumpri-las. Sobretudo municípios do Norte e do
Nordeste, que dependem do FPM, e mal estão conseguindo honrar compromissos e
pagar servidores, sem autonomia para atender necessidades das cidades",
afirmou.
Da Folhapress.
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