De forte apelo popular, não
é a primeira vez que promessas de benefícios em tarifas do transporte público
aparecem durante o período de campanha política. Na campanha de 2012, o então
candidato à Prefeitura do Recife, o deputado federal Mendonça Filho (DEM),
prometeu uma espécie de cartão social, o qual chamou de “Vai e Vem”, que
garantia 20 passagens gratuitas de ônibus para autônomos e desempregados no
Recife. Coincidentemente, o anúncio aconteceu quando ele começou a decair
percentualmente nas pesquisas de intenção de voto. Retrocedendo mais oito anos,
era o então candidato à prefeito do Recife, Cadoca (PCdoB), que lançava outra
proposta: o “Vale Duas Horas” para ser usado como bilhete único em toda a
cidade.
A política tarifária
metropolitana passa hoje inevitavelmente pelo Consórcio Grande Recife. Criado
em 2008, o órgão é responsável por gerir o transporte público da Região
Metropolitana do Recife, embora só tenha as prefeituras de Olinda e Recife como
consorciadas. As demais possuem sistemas de transporte público em paralelo ao
metropolitano. A questão do bilhete único passaria então mais por uma decisão
política do Executivo Estadual do que por iniciativa isolada dos gestores
municipais.
O coordenador regional do
nordeste da ANTP, o engenheiro César Cavalcanti, explica que para tornar a
promessa uma realidade, é preciso que o gestor provoque ou faça uma
recomendação ao Consórcio Grande Recife. A questão teria que passar ainda pelo
Conselho Superior de Transporte Metropolitano, colegiado presidido pela Agência
Reguladora de Pernambuco (Arpe).
Carolina Albuquerque – JC online.
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