(Na foto reproduzida do Blog do Jamildo, a oposição se reúne na Assembleia Legislativa para discutir como fiscalizar o Governo).
Ao contrário do que
aconteceu em Pernambuco na “Era Eduardo Campos”, quando praticamente a oposição
desapareceu do mapa no Estado, principalmente na Assembleia Legislativa, a
partir de 2015 devemos ter setores combativos e consistentes para acompanhar e fiscalizar
a gestão do socialista Paulo Câmara.
A nova oposição, que saiu
das urnas da eleição do dia 5 de outubro, já está atuando e no momento parece
ter três preocupações fundamentais: quer saber o que foi feito com o dinheiro
dos empréstimos feitos por Eduardo Campos junto a órgãos como a Caixa Econômica
Federal e o BNDES, ser informado da atual situação do Governo (o que existe em
caixa e quais são as dívidas) e por último ter acesso a informações sobre o
destino do FEM I e FEM II, que repassou milhões aos municípios sem que todos
prestassem conta do que foi feito com esses recursos.
Teoricamente a oposição
elegeu 13 deputados, mas pelo menos um deles, Guilherme Uchoa (PDT) deve ficar
ao lado do Governo já que apoiou Paulo Câmara desde a campanha, embora o seu
partido tenha feito aliança com o senador Armando Monteiro.
Os outros eleitos por
legendas oposicionistas foram: Romário Dias (PTB), Silvio Costa Filho (PTB),
José Humberto (PTB), Álvaro Porto (PTB), Júlio Cavalcanti (PTB), Odacy Amorim
(PT), Manoel Santos (PT), Teresa Leitão (PT), Bispo Ossessio Silva (PRB), Pedro
Serafim (PDT), Edilson Silva (PSOL) e Priscila Krause (DEM). Esta última
integra um partido que coligou com o PSB, mas ficou neutra durante a campanha
política. Deve manter uma posição de independência na Assembleia, mas como
sempre fez oposição ao PSB do prefeito Geraldo Júlio, como vereadora, deve
ficar mais próxima dos oposicionistas na fiscalização da gestão estadual.
A maioria desses deputados,
quase todos experientes na vida pública, já se reuniu por mais de uma vez e
traçou os planos de como atuar em bloco no Legislativo Estadual. Uma das ideias
que surgiu dos encontros foi a de realizar audiências públicas para discutir a
situação de Pernambuco, o que deve acontecer com participação popular.
Os deputados da oposição
pretendem também agendar uma série de visitas aos municípios contemplados pelo
FEM para saber o que foi feito do dinheiro liberado pelo Governo do Estado para
as prefeituras.
LIDERANÇA - O nome mais
cogitado para liderar esse bloco de oposição é o do deputado Romário Dias, por
conta de sua ampla experiência no Legislativo, no Executivo e no Judiciário (já
foi presidente da Assembleia Legislativa, Secretário de Estado e Conselheiro do
Tribunal de Contas). O parlamentar tem a simpatia dos colegas e do senador
Armando Monteiro, mas ainda não sabe se vai aceitar essa missão. Acha que o
principal agora é a união dos oposicionistas e traçar uma linha de ação para
que Pernambuco não sofra algum tipo de retrocesso.
Romário acha que não se deve
fazer “oposição por oposição” e sim agir com responsabilidade ajudando o Estado
a se desenvolver. Ele garante que vai cobrar do governador Paulo Câmara, porém
sempre estará disposto ao diálogo e a dar o seu aval aos projetos que garantam benefícios
para os pernambucanos. O petebista vê disposição do governador eleito em
dialogar com a oposição e a sociedade, principalmente porque "é um técnico
de boa qualidade disposto a aprender cada vez mais sobre política".
Na avaliação de Romário Dias,
o governador terá de cumprir as promessas feitas na campanha e isso só será
possível se a situação financeira do Estado estiver boa. Ele lembra que foram
prometidos novos hospitais – inclusive um em Garanhuns – quando até os três que
foram construídos no Recife passam por vários tipos de problema, incluindo a
falta de profissionais na área de saúde.
“O governador prometeu
dobrar o salário dos professores da rede estadual, mas ainda não se sabe como
ele vai conseguir fazer isso”, pondera o deputado frisando que a situação atual
é de dificuldades. “O governador João Lyra interrompeu tudo para pelo menos
pagar a folha do final de ano e o 13º. E no Recife Geraldo Júlio também parou
tudo. Não há uma obra importante em andamento na capital”, enfatizou.
Ele criticou também a
interrupção do asfalto ligando São Bento do Una e Capoeiras, que o presidente
do DER prometeu entregar com a obra finalizada neste final de ano, e agora
ninguém sabe mais quando os trabalhos serão retomados. “É inadmissível que esse
serviço tenha sido interrompido mais de uma vez, faltando tão pouco para
terminar, frustrando os moradores de São Bento, Capoeiras, Caetés e de outros
municípios que irão se beneficiar da estrada”, lamentou.
Em sintonia com seus
colegas, Dias salienta a importância de existir a oposição em qualquer regime
ou situação, desde que não se parta para o denuncismo vazio e raivoso. “A
oposição deve ser propositiva. É essa que queremos fazer”, sintetiza.
Mesmo na oposição, Romário
Dias espera poder desenvolver ações na Assembleia Legislativa que contribuam
com o desenvolvimento de Garanhuns e do Agreste. Dá como exemplo a luta pela
duplicação da BR-423. Ele disse que ao lado dos senadores Armando Monteiro e
Humberto Costa, do deputado federal Ricardo Teobaldo (PTB) e de outros
parlamentares fará de tudo para que essa promessa da petista seja concretizada.
Anunciou, ainda que pretende
continuar a luta pela construção de um quartel da PM em Garanhuns, de modo que
o antigo Hotel Monte Sinai seja liberado para fins culturais e turísticos.
“Pretendo marcar uma audiência com o governador Paulo Câmara e levar minha
proposta até ele”, informou convencido de que nesta batalha terá ao seu lado o
prefeito Izaías Régis e a Câmara de Vereadores do Município.
O deputado observou que o
prefeito Izaías Régis vem fazendo um grande trabalho em Garanhuns e pode muito
bem ainda no seu governo comemorar a duplicação da BR-423 e a devolução da
Colina do Monte Sinai à população da cidade e região.
Do Blog de Roberto Almeida.
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