Estratégia
é usada de novo pelo governador, agora ao anunciar o ingresso do Estado no
Sistema Nacional de Cultura, após semana marcada por polêmica na área.
Preocupado
com sua imagem de gestor público, já que no próximo ano se lançará candidato à
Presidência da República, o governador Eduardo Campos (PSB) tem se desdobrado
na tentativa de driblar as agendas negativas. O novo capítulo do esforço se deu
ontem, quando anunciou adesão do Estado ao Sistema Nacional de Cultura (SNC).
Há
pelo menos um mês ele não cumpria agenda pública referente à área cultural e
decidiu divulgar a iniciativa na semana em que artistas criticaram publicamente
as informações de bastidores de que a Secretaria de Cultura seria extinta na
reforma do secretariado.
Apesar
de ter anunciado o ingresso no Sistema Nacional, Eduardo ainda precisa aprovar
na Assembleia Legislativa projeto de lei para criar um conselho e atender às
exigências do governo federal para concretizar a ação. A matéria sequer será
votada este ano, já que o prazo para apresentar propostas a serem apreciadas
até dezembro já se esgotou.
Para
afagar a classe artística após o mal-estar, o governador, além de ter mantido a
secretaria e feito o anúncio da adesão, ainda fez do seu discurso na cerimônia
de ontem uma prestação de contas da atuação do governo na Cultura.
Em
outra demonstração de que a agenda do governador vem sendo pautada em contornar
desgastes, na semana passada, ele inaugurou um Centro de Atendimento
Socioeducativo (Case) cujas obras estavam visivelmente inacabadas, um dia após
instituições ligadas aos direitos humanos anunciarem que apresentariam denúncia
à Organização das Nações Unidas (ONU) sobre casos de violação sofridos por
jovens em conflito com a lei sob a tutela do Estado.
Extraído
do JC Online.
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