domingo, 3 de março de 2013

ARMANDO MONTEIRO: CANDIDATO COM PSB OU COM PT.


Entre as inúmeras interrogações sobre o jogo político de 2014, o que membros da Frente Popular apostam sem medo de errar é no lançamento da candidatura do senador Armando Monteiro Neto (PTB) ao governo, quaisquer que sejam as condições políticas. Com um exército de 25 prefeitos e outros 16 vices espalhados pelo Estado, o petebista está decidido, segundo aliados, a disputar a eleição com ou sem o apoio de Eduardo Campos (PSB). A preferência, no entanto, é pela primeira opção.

A estratégia dos petebistas do Estado é articular nacionalmente o apoio do partido à candidatura do governador à Presidência e tentar receber, em troca, o aval do socialista ao projeto estadual de Armando, que poderia levar na vice um nome do PSB. Enquanto correligionários de Eduardo sustentam que o escolhido será “prata-da-casa” – isto é, do próprio PSB –, membros do PTB alegam que o governador precisará do
partido se quiser montar um palanque competitivo para a sucessão presidencial.

Caso a articulação não prospere, aliados de Armando dizem ter outra carta na manga: a possível composição com o PT. O aprofundamento da cisão do partido somado ao desgaste de suas principais lideranças – o senador Humberto Costa, o deputado João Paulo e o ex-prefeito João da Costa – deixam a legenda com poucas opções para a disputa majoritária de 2014, razão pela qual petebistas apostam nessa aliança. Armando, nesse caso, seria o líder do palanque da presidente Dilma Rousseff (PT) em Pernambuco e abriria espaço para colocar um petista no posto de vice em sua chapa ou mesmo na vaga única para o Senado.

As únicas opções descartadas, até o momento, dentro do PTB, além da desistência da candidatura de Armando, é uma aliança com o PSDB, que pode ser obrigado a montar um palanque estadual para o presidenciável Aécio Neves (MG) caso o projeto nacional de Eduardo avance. Petebistas, em reserva, dizem que esse caminho significaria um “suicídio eleitoral” para o senador, tendo em vista a força eleitoral de Eduardo e Dilma no Estado e o conhecimento, considerado por eles “inexpressivo”, sobre Aécio no eleitorado pernambucano.

Seja qual for sua base de sustentação em 2014, Armando tem trabalhado intensamente junto a suas bases do interior, desde  que foi eleito senador, em 2010. No pleito municipal, não poupou esforços para que o partido conquistasse o comando de algumas cidades estratégicas, como Igarassu, Itamaracá, Garanhuns e Gravatá.
Débora Duque – JC Online.


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