Entre as inúmeras interrogações sobre o jogo político de
2014, o que membros da Frente Popular apostam sem medo de errar é no lançamento
da candidatura do senador Armando Monteiro Neto (PTB) ao governo, quaisquer que
sejam as condições políticas. Com um exército de 25 prefeitos e outros 16 vices
espalhados pelo Estado, o petebista está decidido, segundo aliados, a disputar
a eleição com ou sem o apoio de Eduardo Campos (PSB). A preferência, no
entanto, é pela primeira opção.
A estratégia dos petebistas do Estado é articular
nacionalmente o apoio do partido à candidatura do governador à Presidência e
tentar receber, em troca, o aval do socialista ao projeto estadual de Armando,
que poderia levar na vice um nome do PSB. Enquanto correligionários de Eduardo
sustentam que o escolhido será “prata-da-casa” – isto é, do próprio PSB –,
membros do PTB alegam que o governador precisará do
partido se quiser montar um palanque competitivo para a sucessão presidencial.
partido se quiser montar um palanque competitivo para a sucessão presidencial.
Caso a articulação não prospere, aliados de Armando dizem
ter outra carta na manga: a possível composição com o PT. O aprofundamento da
cisão do partido somado ao desgaste de suas principais lideranças – o senador
Humberto Costa, o deputado João Paulo e o ex-prefeito João da Costa – deixam a
legenda com poucas opções para a disputa majoritária de 2014, razão pela qual
petebistas apostam nessa aliança. Armando, nesse caso, seria o líder do
palanque da presidente Dilma Rousseff (PT) em Pernambuco e abriria espaço para
colocar um petista no posto de vice em sua chapa ou mesmo na vaga única para o
Senado.
As únicas opções descartadas, até o momento, dentro do PTB,
além da desistência da candidatura de Armando, é uma aliança com o PSDB, que
pode ser obrigado a montar um palanque estadual para o presidenciável Aécio
Neves (MG) caso o projeto nacional de Eduardo avance. Petebistas, em reserva,
dizem que esse caminho significaria um “suicídio eleitoral” para o senador,
tendo em vista a força eleitoral de Eduardo e Dilma no Estado e o conhecimento,
considerado por eles “inexpressivo”, sobre Aécio no eleitorado pernambucano.
Seja qual for sua base de sustentação em 2014, Armando tem
trabalhado intensamente junto a suas bases do interior, desde que foi eleito senador, em 2010. No pleito
municipal, não poupou esforços para que o partido conquistasse o comando de
algumas cidades estratégicas, como Igarassu, Itamaracá, Garanhuns e Gravatá.
Débora Duque – JC Online.
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