A Presidente da República, Dilma Rousseff, sancionou novo
texto que torna a Lei Seca mais rígida para motoristas flagrados dirigindo
embriagados. Com isso, a nova regra passa a vigorar desde está sexta-feira (21)
e já deve apresentar redução no número de acidentes em um dos períodos de mais
tráfego nas estradas e rodovias brasileiras, o de festas de fim do ano. O novo
texto foi publicado hoje (22) no Diário Oficial da União.
O presidente da Comissão de Advogados Criminalistas da
OAB/MS, Luiz Carlos Saldanha Rodrigues Junior, avalia o texto como um avanço na
legislação brasileira. "O valor da multa vai ser o dobro, e caso de
reincidência quatro vezes maior que o atual. Isso é importante, pois muitos só
se conscientizam quando dói no bolso", comentou.
Com o novo texto, a multa para o motorista flagrado
dirigindo sob efeito de álcool será de R$ 1.915,30, antes a multa era de R$
957,65. Caso o motorista reincida na infração no período de 12 meses a multa
será de R$ 3.830,60.
Provas de constatação
Ainda de acordo com o novo texto da Lei Seca, o motorista
continua não obrigado a fazer o teste do bafômetro, porém, vídeos, testemunhas
e o próprio Termo de Constatação de Embriaguez da autoridade policial servirão
como provas processuais para comprovar o estado de alcoolemia do condutor em
ação judicial.
"Tais provas terão valor fundamental, assim como o
etilômetro. Isso não significa que o condutor será automaticamente condenado,
pois vai depender do entendimento do juiz. Mesmo assim vemos um avanço
considerável neste sentido", explicou Saldanha Junior.
Casos anteriores à
nova Lei Seca
O presidente da Comissão de Advogados Criminalistas da
OAB/MS explica que mesmo com o novo texto da Lei Seca a multa não retrocede aos
casos anteriores a sua vigência. Já as provas como vídeos, testemunhas e Termo
de Constatação de Embriaguez poderão ser usados em ações judiciais ainda não
julgadas.
"Com isso, o juiz poderá determinar oitivas e laudos de
fotos e vídeos para embasar sua decisão. É um grande avanço para diminuirmos o
número de acidentes e mortes que registramos diariamente em nosso
trânsito".
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