sexta-feira, 27 de setembro de 2013

ARMANDO MONTEIRO ATACA PATRULHAMENTO DE ALIADOS.


Em seu terceiro evento político-partidário da semana, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) direcionou seu discurso para rebater as críticas feitas por integrantes do PSB aos seus questionamentos sobre os índices socioeconômicos amargados pelo Estado. Diante de uma plateia formada por 500 pessoas que compareceram ao almoço do Grupo de Executivos do Recife (Gere), o petebista fez um apelo para que possa debater os problemas de Pernambuco “sem patrulhamento” ou “clivagens políticas”.

“Precisamos cuidar para que entendamos nossa posição relativa e não resvalemos para posições ingenuamente otimistas. Temos um longo caminho a percorrer, mas precisamos que todos tenham a compreensão do seu papel. Vamos ampliar o espaço de debate em Pernambuco, sem patrulhamento ou clivagens políticas”, bradou Armando, concluindo o discurso. Sua fala é uma resposta à reação de socialistas ao resgate feito pelo petebista de dados incômodos à gestão de Eduardo Campos (PSB), a exemplo do posicionamento do Estado no ranking de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e do Ideb.

Ontem, Armando citou ainda outros pontos desconfortáveis a Eduardo. Disse, por exemplo, que o desafio do Estado era investir em infraestrutura e mencionou a importância do Arco Metropolitano, rodovia alternativa à BR-101, que ligará os polos Norte-Sul do Estado. Após ser anunciada como uma vitrine do governo socialista, a obra foi abraçada pelo governo federal e causou desconforto à gestão estadual.

Apesar do tom crítico, Armando não escondeu a preocupação em evitar um enfrentamento direto com Eduardo. Fez suas ressalvas, frisando que não estava se referindo a um “único” governo. “Esses índices trazidos por mim não se traduzem num juízo de valor negativo sobre um determinado governo. Não seria justo debitar isso na conta de um único governo”, ponderou o senador.

Ao mesmo tempo, Armando Monteiro procurou enfatizar que os o desenvolvimento do Estado não é obra apenas de “governos”. Em outras palavras, tentou repartir o DNA sobre eventuais avanços conquistados nos últimos anos. “Pernambuco precisa de mais sociedade e menos governo. Os verdadeiros promotores do desenvolvimento são os pernambucanos, os microempresários, os trabalhadores”, disse.

Ao ser questionado sobre a pressão exercida pelo PSB a respeito de suas colocações, o senador voltou a reivindicar “liberdade” para promover as avaliações, mas colocou-se como parte integrante da gestão. “É a geografia das sensibilidades. Ela aumenta ou diminui na medida em nos aproximamos das áreas de responsabilidade. É livre debater e promover as avaliações. Todos sabem que não enderecei críticas diretas ao governo do Estado e nem poderia porque sou parte desse processo”, afirmou Armando. O PTB comanda a secretaria de Trabalho, Qualificação e Emprego.

 Débora Duque.


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