Sérgio Leite (PT) e Eduardo
da Fonte (PP) pedem informações sobre obras federais em Pernambuco e PPP da
Compesa. Segundo Waldemar Borges, os dados são públicos.
Uma ação articulada entre
dois parlamentares cobrou, ontem, pedidos de informação ao governo do Estado.
Na Assembleia Legislativa, o líder da oposição, Sérgio Leite (PT), oficializou
um pleito sobre as obras que a gestão Eduardo Campos (PSB) está realizando em
parceria com a União. Já na Câmara Federal, o deputado Eduardo da Fonte, líder
do bloco PP-PROS, enviou ao presidente da Compesa, Roberto Tavares, um pedido
de prestação de contas a respeito da perda de receita da companhia.
Segundo Sérgio Leite, há
cerca de três mil obras que contam com recursos federais e estão em andamento
em Pernambuco. “Na hora de executar as obras, o governo estadual se apropria
como se fosse iniciativa própria. Isso é um jogo de marketing que precisa ser
esclarecido”, disparou o petista.
“Tudo que acontece em
Pernambuco, o governo federal está presente, mas, muitas vezes, a parceria nem
é citada nas placas das obras. E quando é, é tão pequena que ninguém percebe”,
completou Leite.
As cobranças irão aumentar
na próxima semana, quando o vice-líder da oposição, Augusto César (PTB), deve
protocolar um novo pedido de informações, desta vez buscando dados sobre
parcerias entre o Estado e municípios.
Já Eduardo da Fonte
argumentou que a adoção de uma Parceria Público-Privada (PPP) na Compesa aumentou
a despesa da companhia, repassando esse déficit para as contas dos
consumidores. “Não se justifica um aumento acima da inflação”, alegou o
progressista. Este ano, o reajuste na conta de água chegará a 8,69%.
O líder do governo na
Assembleia, o deputado Waldemar Borges (PSB), informou que as informações
solicitadas por Sérgio Leite são públicas, mas que irá reuni-las e entregá-las
ao oposicionista. “Também vou repassar as informações sobre atrasos nos
repasses das verbas federais e paralisações. Talvez ele não tenha solicitado
isso. As informações sobre a aplicação de recursos nunca deixaram de ser
feitas”, rebateu.
Sobre a Compesa, Borges
informou que o cálculo deste ano corresponde à revisão tarifária dos últimos
quatro anos e projeta os gastos para o próximo quadriênio. Ele explicou, ainda,
que a PPP reduziu o reajuste, que seria 1% maior se não fossem os investimentos
que serão aplicados na empresa.
Mariana Araújo – JC Online.