quarta-feira, 29 de junho de 2016

Irritado, Paulo Câmara pode demitir Secretário de Segurança Pública após nova trapalhada.


A revelação feita pelo repórter do JC, Raphael Guerra, de que a SDS mentiu novamente sobre a perícia não realizada dentro do quarto onde o empresário, Paulo Morato, foi encontrado morto, caiu como uma bomba no Palácio das Princesas. Irritado com a série de contradições da própria secretaria para o caso, o governador foi orientado por alguns assessores para demitir o Secretario, Alexandre Carvalho. Eles avaliam que a demora da polícia e as contradições nas declarações à imprensa apenas servem para estimular os boatos que inundam as redes sociais e que podem afetar, definitivamente, a imagem do PSB para as próximas eleições.

Na madrugada do dia 23, a delegada Gleide Ângelo solicitou, sim, perícia no local para fornecer provas que pudessem contribuir com as investigações, o que desmente as informações dadas pela Secretaria de Defesa Social. Através de uma nota, a SDS havia informado à imprensa que os peritos haviam ido ao local “espontaneamente” e sem “ordem superior”. Assim que chegou ao motel, a equipe recebeu ordem de deixar o mesmo sem a realização da perícia, o que motivou o espanto de muita gente e de técnicos da própria secretaria. O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco, chegou mesmo a emitir nota oficial, na segunda-feira, onde solicitava “investigações” sobre o cancelamento da perícia.


O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), iniciou uma série de ações para  exigir autonomia de investigação no caso: “Estamos começando uma cruzada pela transparência no caso.

A decisão de deflagrar essas ações começou a partir de denúncias de supostas ingerências na investigação. De acordo com o Sinpol, peritos papiloscopistas foram impedidos de realizar a coleta de digitais dentro do quarto da vítima. O fato causou “estranheza” à categoria.


O empresário encontrado morto fazia parte de uma quadrilha que, segundo a PF, desviou mais de R$ 600 milhões de recursos públicos e abasteceria o esquema de Eduardo Campos em campanhas eleitorais. Um dos presos, João Carlos Pessoa de Melo, era formalmente, o dono do avião que o ex-governador e Marina Campos usaram na campanha presidencial. Quatro pessoas foram presas e o único foragido, Paulo Morato, foi encontrado morto 48 horas depois, num motel em Olinda.

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