quarta-feira, 29 de junho de 2016

Desfecho da Operação Turbulência deve coincidir com eleições, prevê MPF.


A Procuradoria da República em Pernambuco informou ontem que a expectativa do encerramento das investigações da Operação Turbulência e o ajuizamento da ação penal está previsto para ocorrer antes do fim do ano e a instituição não descarta que esse desfecho coincida com o calendário das eleições municipais, marcadas para outubro.

À frente do caso, o procurador da República Cláudio Henrique Dias afirmou que tão logo sejam coletadas provas suficientes da prática criminosa, o MPF ajuizará ação penal. "Apesar da imprevisibilidade do tempo de investigação, que depende de vários fatores, o MPF espera que a ação penal seja ajuizada ainda este ano, na maior brevidade possível", disse. Por ora, ele afirma que não vê necessidade da convocação de uma força-tarefa para atuar no caso.

Apesar da forte repercussão da Turbulência, por envolver o PSB, partido que comanda o governo estadual e a Prefeitura do Recife, o procurador afirmou não ter recebido até o momento "pedido de colaboração premiada por parte dos envolvidos na operação". Ele também não entrou no mérito sobre o pedido de federalização do caso solicitado pelo deputado estadual Edilson Silva (PSOL).


FAIR PLAY

Já a Polícia Federal deve fazer uma perícia no material apreendido na operação que deve durar 30 dias. Neste período, a instituição espera coletar dados que possam levar a novos fatos sobre o desvio de recurso. Há possibilidade, inclusive, de ligação com outras operações, como a Fair Play, que investiga um superfaturamento de R$ 48,7 milhões na construção da Arena Pernambuco.

"Ainda é cedo para fazer essa interligação entre as duas operações e entre as duas quadrilhas que estão sendo investigadas. Começamos agora a investigação, mas tudo é possível. A gente não descarta nenhuma possibilidade, como por exemplo envolvidos na Operação Fair Play serem mencionados na Operação Turbulência. Tudo vai depender da análise minuciosa de tudo aquilo que a gente encontrar no material que foi arrecadado", disse o assessor de comunicação da PF, Giovani Santoro.

Sobre o compartilhamento de provas entre a Turbulência e a Fair Play, o procurador da República disse que, no momento, não vislumbra o uso de informações. Para chegar ao nome dos investigados, a PF valeu-se de dados da Lava Jato e de delações premiadas firmadas junto ao juiz Sérgio Moro, em Curitiba, e junto ao Supremo Tribunal Federal.

Do JCOnline.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça o seu comentário para que possamos melhorar sempre o nosso Blog.