terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Lula reage perante articulação de golpe.

Está em curso uma escalada política para sangrar  a presidente Dilma, buscando condições para um eventual impeachment, desconstruir a imagem mítica do ex-presidente Lula, para inviabilizar sua eventual candidatura a presidente em 2018, e ferir de morte o PT.  Estão tentando realizar o que Jorge Bornahusen pregou em 2005, quando disse que era preciso “acabar com esta raça”, tem dito o ex-presidente aos mais próximos.

A rejeição das contas de campanha de Dilma é uma peça importante desta escalada, que contou nos últimos dias com o uso da delação premiada de um dos executivos presos, Mendonça Neto,  Ele informou ter feito uma doação legal ao PT por orientação do  diretor Duque mas o noticiário omitiu a parte de sua declaração, segundo a qual não informou ao tesoureiro Vacari Neto as motivações de sua doação nem relacionou-a com propinas.  No círculo de Lula, a pesquisa Datafolha, segundo a qual 68% dos entrevistados responsabilizam Dilma pelos ilícitos na Petrobrás, teve o claro intuito de contribuir para sua deslegitimização mas esbarrou num quesito: para a grande maioria, o governo dela foi o que mais combateu a corrupção e os que mais puniu corruptos.  Contra Lula, surgiram  nos últimos dias denúncias miúdas – relacionadas com palestras, deslocamentos durante a campanha e coisas afins – claramente destinadas a construir em torno dele uma agenda de desmoralização.

Diante de todos os sinais de que a ofensiva de agora tem elementos mais corrosivos dos que os utilizados em 2005, Lula e o comando petista decidiram fazer em Brasília, na quarta-feira, um ato politico de resposta, de denúncia e mobilização da militância para a conjuntura difícil que está se desenhando.

Tereza Cruvinel - jornalista.

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